26 de março de 2008

Tendência ao desastre

O Suicidal Tendencies nasceu em meio há muita polêmica. Envolto ao crescente estado do hardcore americano, a banda diversificou estilos e fundamentou um novo: o Crossover thrash, que seria o nome dado à mistura do hardcore com o heavy metal. Juntamente com outras bandas como Anthrax, Nuclear Assault e D.R.I, até hoje eles são considerados os pais dessa nova vertente.

Nascida em 1982, em Venice, Califórnia, a banda tem como único membro constante Mike Muir. Além de passear pelo hardcore, o grupo se diverge entre skate punk, thrash metal, funk e até o hip hop. E as polêmicas não param por aí, no início da década de 80 o grupo com fortes influências latinas e negras, começou a ganhar publico entre skatistas e punks, o que puxou a polícia para a cola deles, devido ao crescente número de brigas nos shows.

O primeiro disco, com o mesmo nome da banda, foi lançado em 1983 e trouxe consigo uma série de frustrações. Em alguns shows, o grupo teve que tocar de graça devido à falta de grana e PMRC (Parental Music Resource), espécie de censura americana às canções, iniciou sua perseguição contra eles. A insistência foi tamanha, que a banda acabou sendo proibida de fazer shows por dois anos.

Na sua volta aos palcos, o Suicidal lançou o Join The Army, álbum clássico que transformou a canção Possessed to Skate em um hit. Juntamente com o sucesso, mais uma vez a banda sofreu um baque, dessa vez foi saída de três integrantes. Mas Mike não deixou a peteca cair e encontrou outros novos integrantes. O terceiro disco, “How I Will Laugh Tomorrow”, saiu e, logo em seguida, uma compilação: “Controlled by Hatred/Feel like Shit...Deja Vu”.

Mais uma vez o PMRC reaparece no pé do grupo e após muita pressão lançou o seu álbum menos polêmico, o “Lights, Camera, Revolution”, bastante criticado pelos fãs. Em 1992 saí o “The Art of Rebellion”, também criticado. O grupo se vê afetado e a maioria dos integrantes começa a se dedicar a projetos paralelos. Logo em seguida mais uma tentativa frustrada com “Suicidal for Life”, antes do recesso da banda, em 1994.

Três anos depois e lá estava Muir novamente para lançar a coletânea “Prime Cuts”. Com outros integrantes, dois anos após ainda saiu “Freedumb” e, no ano seguinte, “Free Your Soul and Save My Mind”, antes de outro recesso, é claro. Em 2003, o grupo voltou à ativa com uma turnê que logo acabou devido ao agravamento de uma lesão na coluna que Mike havia sofrido no primeiro show.

E pra quem nunca teve a oportunidade ver a banda de perto, o Maquinário Rock Fest, que será promovido em Maio, em São Paulo, trará o Suicidal Tendencies para um show único. Além deles, estão confirmadas a presença de Misfits, Biohazard, Sepultura, entre outros.


Para mais informações visite o:

http://200.170.193.178/ingressorapido.com.br/Evento.aspx?ID=3378

Pra quem ainda não ouviu o som da banda ou quer ir preparando o gogó pro show, aqui vão alguns discos da banda:

Suicidal Tendencies - Feel Like Shit Deja Vu Controlled by Hatred (1989)
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Suicidal Tendencies - The Art Of Rebellion (1992)
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Suicidal Tendencies-Still Cyco After All These Years (1993)
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Suicidal Tendencies - Join The Army (1997)
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19 de março de 2008

Do hardcore ao reggae

O Bad Brains nasceu em 1977, em Washington D.C, é até hoje uma das bandas mais respeitadas no Hardcore mundial. Consideradas por muitos como os pioneiros do estilo, a banda possui uma história inusitada que percorreu os mais diferentes estilos e vertentes. Originalmente formada com influências de jazz, a banda desenvolveu um punk rock muito mais rápido, intenso e musicalmente mais complexo que os seus contemporâneos.
A banda foi formada com o nome de Mind Power, que possuía um som misto entre o funk e o Jazz fusion até que
o vocalista Sid McCray, que ouvia muito Black Sabbath, apresentou o punk rock pros seus companheiros. A banda fica obcecada pelo estilo e muda o seu nome para Bad Brains, nome de uma música do Ramones. Antes da gravação, o vocalista leva um pé na bunda e acaba sendo substituído por H.R, irmão do baterista, iniciando a formação clássica.
O grupo também se converte ao Rastafari, apesar do envolvimento com o punk rock a banda tinha uma forte ligação com o reggae. A partir daí o Bad Brains deslancha. Suas performances na época eram lendárias e suas gravações já eram difícil de achar. O primeiro single 'Pay To Cum', foi prensado em poucas cópias e em 1982 o album debut foi lançado apenas em formato de fita cassete, intitulada 'ROIR'. Em seguida ao lançamento da fita, o grupo lançou outros EP's até chegar em 1982, ano que são contratados pela gravadora PVC, lançando logo em seguida o clássico álbum 'Rock For Light'.
O reconhecimento como a “Lendária Banda do Hardcore Americano” se deve ao fato da fraca distribuição de álbuns e a ausência de shows, pois poucos fãs podiam realmente escutar a banda. O disco posterior Quickness só foi sair três anos depois e trazia um som com fortes influências de heavy metal, o que não agradou muito. Os integrantes acabaram se dividindo entre o rock pesado e reggae, H.R e Hudson se ausentaram para fazer álbuns de reggae e o grupo seguiu com outra formação, mas os dois voltaram à banda a tempo de regravar os vocais do disco.
Com a explosão do rock alternativo nos ides de 90, o Bad Brains assinou com uma grande gravadora, mas acaba por fracassar nas vendas com seu álbum Rise e eles são expulsos da mesma. Assina com outra gravadora e o fracasso se repete, a banda perde o direito a usar seu nome original, H.R e Hudson saem da banda novamente e o disco God Of Love não vende.
Em 1998, a banda voltou a tocar só que com o nome Soul Brains. No fim de 2006, voltou com a formação original para os últimos shows na casa CBGB. Com o sucesso da apresentação, o grupo voltou de vez e lançou o álbum de inéditas, Build A Nation, produzido por Adam Yauch, integrante do Beastie Boys. A banda agora é contratada da gravadora Megaforce Records, famosa por suas bandas de metalcore.

Quase todos os discos:

Bad Brains - Bad Brains [1992]

http://www.4shared.com/file/40400898/9f2bac5a/Bad_Brains_-_1982_-_Bad_Brains.html

Bad Brains - Rock For Light [1983]
http://rapidshare.com/files/21564653/Light.rar.html

Bad Brains - I Against I [1986]
http://rapidshare.com/files/21564503/Against.rar.html

Bad Brains - The Youth Are Getting Restless [1987]
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Bad Brains - Quickness [1989]
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Bad Brains - Rise [1993]

http://rapidshare.com/files/21565538/Rise.rar.html

Bad Brains – God of Love [1995]

http://www.4shared.com/file/40309027/827e468a/Bad_Brains_-_1995_-_God_of_Love.html

Bad Brains - Build a Nation [2007]
http://rapidshare.com/files/86312268/Bad_Brains_-_2007_-_Build_A_Nation.rar.html

18 de março de 2008

Quem matou Joana D'arc?

Camisa de Vênus é uma das bandas pioneiras do Punk Rock no Brasil. O grupo surgiu em 1982, na capital baiana e se apresentou algumas vezes antes de gravar “Controle Total”, o primeiro compacto que continha duas faixas: “Controle Total” e “Meu Primo Zé”. Logo após, no ano de 1983, a banda foi para o Rio de Janeiro gravar o LP de estréia, intitulado “Camisa de Vênus”, que consagrou o grupo com as faixas “Bete Morreu”, “Eu Não Matei Joana D'arc” e “Simca Chambord”. Em 1987, Camisa gravou “Duplo Sentido”, antes de Marcelo Nova deixar a banda para gravar um disco com Raul Seixas. Em 1994, os baianos se reuniram novamente com uma nova formação e gravaram “Plugado (ao vivo)” no ano de 1995 e “Quem é você” no ano de 1996. Em 1998 a banda se despediu novamente de Marcelo Nova que voltou à carreira solo, e apenas em 2007, a banda voltou efetivamente e com três guitarristas: Luiz Carlini, que já fez parte do Camisa de Vênus entre 1995 e 1997, além de Karl Hummel e Gustavo Mullem, os membros originais.

Em 2004, Camisa de Vênus tocou no Festival de Verão de Salvador (evento que acontece quase todo ano e apresenta artistas de axé), onde gravou um DVD ao vivo com os clássicos Hoje, Simca Chambord, Deus Me Dê Grana, Gotham, A Ferro e Fogo, Bete Morreu, Passatempo, Só o Fim, Muita Estrela, Pouca Constelação, Noite e Dia, O Ponteiro Tá Subindo, O Adventista, My Way, Silvia e Eu Não Matei Joana D’arc.
Marcelo Nova é uma das figuras mais fiéis ao Rock brasileiro e está na estrada há mais de 20 anos. Além dos discos gravados com o Camisa de Vênus, Marcelo também se destacou na carreira solo com nove álbuns. O visceral “Galope do Tempo” foi seu último trabalho solo. "Esse é um disco que diz respeito ao tempo e a minha passagem através dele. Custou-me 13 anos desse tempo precioso para concluí-lo em meio a essa jornada mortal do útero ao caixão."

Discografia (Camisa de Vênus):
Controle Total
Camisa de V
ênus
Batalhões de estranhos
Viva (ao vivo)
Correndo o Risco
Duplo Sentido
Liberou Geral
Bota pra Fudê
Plugado (ao vivo)
Quem é você

Discografia (Marcelo Nova):
Marcelo Nova e Envergadura Moral
A Panela do Diabo
Blackout
A Sessão Sem Fim
Eu Vi o Futuro, Baby. Ele é passado
Grampeado em Público
Tijolo na Vidra
ça
Em Ponto de Bala
O Galope do Tempo


Downloads:
Torrent (com oito álbuns completos da banda)
Viva! (Rapidshare)
Controle Total (Rapidshare)

Links:
Marcelo Nova - Site Oficial
Marcelo Nova - Orkut
Bota pra F...

15 de março de 2008

Thrashcore Fast 3


O que é o Thrashcore Fast?
O Thrashcore Fast é um evento realizado sob os moldes do Faça-Você-Mesmo, e que visa a união entre as cenas Hardcore e Metal como tipicamente se via na saudosa década de 80. Presamos pela diversão e insanidade nos shows, mas sem desviar o foco político da coisa. Nada de cara de mal e braço cruzado pra pagar de malzão, ou melhor, que alguém. Todo mundo é igual nessa merda, queira você ou não. Portanto, derrube os muros do seu preconceito e junte-se a nós!

Sobre o local e preço: Para a felicidade de muitos e tristeza de outros, o local definido para a terceira edição do Thrashcore Fast foi o Capim Pub, na cidade de Goiânia, Centro-Oeste. Como se sabe, é um local pequeno, sem tamanha distinção entre público e banda e com capacidade ideal para realizarmos as pretensões que almejamos com o evento: shows insanos, divertidos e marcantes tanto para público quanto para banda. A possibilidade de termos a presença de figuras célebres como Gustavo, Sr. Francisco e a inesquecível Marinara também foram decisivas para a escolha, e como o publico alvo do festival são pessoas bonitas, finas, educadas e cultas, nada melhor que o Pub mais agradável de Goiânia. Sobre o preço, sabemos que 10 reais é uma quantia alta, mas é a única forma de arcarmos com os custos sem tomar um prejuízo razoavelmente alto.

Sobre as bandas: cinco bandas, dessa vez. A nosso ver, uma quantidade excedente á seis é prejudicial pra todo mundo. Realmente, estamos dispostos a apagar esse costume de público cansado pela quantidade abusiva de bandas numa noite, algo bem típico no ‘rock’ goiano. Sobre a escolha, procuramos dar uma variada bacana em alguns subgêneros do underground, sem fugir à velha temática de união. Sem barreiras entre metal e punk!

D.F.C. (DF): Aquela velha batida a lá DRI, a precisão nos riffs satânicos criados por quem ouviu muito Slayer na vida e os urros sarcásticos e corrosivos de Túlio Swanker voltam a Goiânia após a recém passagem pela Europa. As típicas blasfêmias atiradas sob o nazareno serão agora despejadas aos presentes num inferno chamado Capim Pub!
www.myspace.com/dfc

D.E.R (SP) :Sob o comando da máquina de blast beats Barata, e os urros raivosos de Thiagõn, o DER destila toda a antipatia, sujeira e velocidade do grindcore! Com certeza, muita gente vai sair surpreso e encantado com a rapidez desses paulistas.
www.myspace.com/derpunk

SCUMBAG (DF): São três Violator mais um Possuído aliados ao grindeiro mais conhecido do DF, Felipe CDC, tentando soar como Terrorizer, Napalm Death e Brutal Truth. Preparem os tímpanos pra mais meia hora de desgraceira!